O pai norueguês da pintura paranaense

Thiago Pacheco

Alfredo Andersen nasceu em 1860, na longínqua Cristianssand, cidade portuária no sul da Noruega. Filho de um capitão da marinha mercante, Andersen estudou pintura na Academia de Belas Artes de Copenhague, capital vizinha à sua terra natal, antes de empreender a viagem marítima que o traria ao Paraná. Seu objetivo era chegar à Argentina, mas uma parada em Paranaguá, onde aportou em 1893, para reparos na embarcação em que viajava, fez com que Andersen prestasse mais atenção aos arredores e resolvesse ficar.

Em 1902, se muda para Curitiba e passa a lecionar no próprio ateliê – e, depois, também no Colégio Paranaense, na Escola Alemã e na Escola de Belas Artes, entre outros. Andersen, de certa forma, ajudou a criar uma “cena” artística em Curitiba, coisa que era ainda era muito incipiente na cidade: exposições eram raras, galerias de arte mais ainda. O estilo do pintor mesclava caracteres impressionistas, realistas e românticos, e sua obra pode ser dividida em três fases: norueguesa, litorânea e curitibana, composta principalmente por retratos e paisagens. Telas como “Duas Raças”, “Lavando Roupa” e “Porto de Paranaguá” se destacam entre seu prolífico trabalho – que pode ser visto no Museu Casa Alfredo Andersen (http://www.mcaa.pr.gov.br), ao lado de obras de seus discípulos e outros objetos associados à trajetória do mestre norueguês que se tornou curitibano.


 (Autoretrato, 1926)

(Vista do Porto, 1895)

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